

Aqui no Museu do Diamante ainda estamos em clima de carnaval – mais precisamente, de acessórios de carnaval, como os chapéus e os adereços de cabelo.
Alguns tipos de chapéus hoje nos parecem engraçados e caíram em desuso: só podem mesmo ser peças de museu ou fantasias de carnaval!
É o caso, por exemplo, das cartolas. O nosso exemplar deste curioso chapéu é revestido em pele de astracã (cordeiro), confeccionado sobre estrutura de papelão com parte interna forrada em tecido, e é proveniente da Alemanha (Séc. XIX). O chapeú alto ou cartola foi posto em voga por Benjamin Franklin e afetou várias formas: mais alto ou mais baixo, afunilado ou cintado, com ou sem fivela na cintura, peludo ou liso, negro ou de cor.
Fonte: Inventário Museológico do Museu do Diamante.

É o caso, por exemplo, do chapéu-armado. O nosso exemplar deste curioso chapéu é do século XIX e pertenceu a um Cônsul francês chamado François Briffault. É confeccionado em estrutura de papelão, forrado externamente de lã (astracã) preta, contendo detalhes em plumas e cetim. Tem aba de duas pontas (uma em cada extremidade), e a parte superior abaulada e ornada por plumas pretas. Em uma das laterais externas, vê-se ornato circular drapeado, nas cores azul (ao centro), dourado e vermelho, tendo, ao lado, uma tarja com extremidade ovalada, ornada com folhas estilizadas em relevo e bordada com fios de metal dourado. A parte interna do objeto é forrada de cetim vermelho e tem a marca do fabricante gravada em tinta prateada: “C. Mouwen & Zoon – Uniformes diplomatiques/ Paris”.

É o caso, por exemplo, do chapéu-coco. O nosso exemplar deste curioso chapéu é do século XX e proveniente da França. É revestido de pele de astracã (cordeiro) em tom preto, confeccionado sobre estrutura de papelão, com parte interna parcialmente forrada em couro. Possui copa média, com aba ligeiramente elevada nas laterais, ornada por fita preta arrematada por laço. A parte interna é composta por tira de couro costurado sobre tecido (algodão), em tom caramelo, contendo duas abotoaduras em metal dourado, com as inscrições: “A” e “B”, dispostas lado a lado, além da inscrição gravada, na parte interna da tira: “4 OCT 19..3” e etiqueta em papel com a inscrição: “Rce/ A.S. & Cia”.