Instituto Brasileiro de Museus

Museu do Diamante

Série DESAFIO: Que objeto é esse?

Convidamos a olhar para o nosso acervo de uma forma diferente, a partir de detalhes e fragmentos dos objetos.

publicado: 24/01/2025 16h27, última modificação: 24/01/2025 16h29

🧩 Neste desafio, convidamos você a olhar para o nosso acervo de uma forma diferente, a partir de detalhes e fragmentos dos objetos.

👀 Olhando apenas um detalhe, você é capaz de descobrir de que objeto se trata?

✍️ LITEIRA

🧩 O fragmento pertence à nossa Liteira, um objeto de transporte que era utilizado, sobretudo, em pequenas viagens, e movido por tração animal (cavalos ou muares). Este exemplar remonta ao século XIX e traz as iniciais “M” e “S”, referentes ao seu proprietário: Monsenhor Santos, o primeiro bispo de Diamantina.

📜 O objeto é confeccionado em madeira pintada, tecido e palhinha e composto por caixa com duas aberturas laterais (sem as portas) para entrada do passageiro. Apresenta teto abaulado em tecido e as partes frontal e posterior com duas janelas retangulares com treliças para ventilação em palhinha trançada, emolduradas por frisos. A parte interna contém dois bancos em tábua de madeira, onde se sentavam os passageiros.

✍️ CAÇAMBA DE MONTARIA

🧩 Este fragmento pertence à caçamba, que é um acessório de montaria e transporte.

📜 Este exemplar é confeccionado em prata e destinado ao uso feminino. Possui o formato de chinelo, e era utilizado no pé da cavaleira. O design do objeto é bastante delicado, com a parte frontal ornada por frisos e motivos florais.

✍️ CONSTRUÇÃO PICTÓRICA

🧩 Este fragmento faz parte da nossa Construção Pictórica confeccionada em papel, que data do início do século XX. Este objeto possui, ao centro, uma litogravura com a representação de São Pedro e São Paulo, em volta da qual se encontra a ornamentação em volutas e motivos florais de papel dourado e enrolado, sob fundo em tábua de madeira pintada.

📜 Este delicado trabalho em papel enrolado foi executado pelas alunas do antigo Educandário Feminino de N.S. das Dores, em Diamantina, que funcionou como colégio e orfanato, sob a responsabilidade das irmãs vicentinas, no prédio conhecido como “Passadiço da Rua da Glória”. Atualmente, ele abriga o Instituto de Geologia Eschewege da Universidade Federal de Minas Gerais.

✍️ CAMA

🧩 Este fragmento pertence à cama confeccionada em madeira (jacarandá), que data do século XIX. Embora hoje nos pareça pequena, trata-se de uma cama de casal. Este exemplar possui cabeceira oval e estrutura composta por quatro varais verticais para encaixe de dossel. A peça é ornada por filetes em madeira clara (pau-marfim), na técnica da marchetaria, tendo pequeno vaso com alças e monograma “AF” na parte central, de onde sobressaem ramos de flores. Sobre o vaso, um casal de pombinhos se beija, apoiado sobre fita com a inscrição “AMOR NOS UNIO” (conforme a grafia da época).

🛏️ Este móvel tem influências do estilo inglês Sheraton, em voga na última década do século XVIII. Elegante e delicado, o design apresenta linhas sóbrias e superfícies planas, nas quais a madeira é valorizada em suas qualidades e na decoração com ornatos clássicos como urnas e vasos. Dada a penetração de modas e costumes ingleses em Portugal, o estilo Dona Maria I mostrou-se grandemente marcado pelo estilo Sheraton.

✍️ GOMIL

🧩 Este fragmento pertence ao nosso gomil (espécie de jarra) utilizado para higiene pessoal. Era bastante comum encontrar estes objetos nas moradias dos séculos XVIII e XIX, geralmente sobre uma mesinha de cabeceira e junto de uma bacia.

📜 Este exemplar é de fabricação alemã e confeccionado em porcelana branca, com a parte externa pintada em tom azul e ornamentação policromada, com motivos fitomorfos e florais. As louças e porcelanas de fabricação europeia foram largamente importadas para o Tijuco durante o século XIX, comercializadas juntamente com outros objetos refinados que seguiam os ditames da moda europeia, como pratas, vidros e peças de vestuário.

✍️ ESCARRADEIRA

🧩 Este fragmento pertence a uma escarradeira, datada do século XIX e confeccionada em porcelana, na cidade de Limoges (França). A peça é ornamentada com pintura de cena campestre, onde se destaca a figura feminina tocando um instrumento de corda, cercada por árvores e flores.

📜 As escarradeiras estão associadas aos hábitos de higiene de uma época em que o hábito de escarrar, ou cuspir, não era mal-visto como em nossos dias, de forma que eram confeccionados objetos finos, com pinturas delicadas, destinados a este fim.

✍️ ORATÓRIO

🧩 Este fragmento pertence ao Oratório de pousar, datado do Século XVIII e confeccionado em madeira entalhada e policromada. Trata-se de uma peça de grande porte e manufatura erudita, que possui a técnica do douramento e está associada ao estilo D. José I, que marcou a arte sacra e o mobiliário português. O objeto possui portas em duas folhas, com frisos dourados e ornamentadas por pinturas de vasos de flores e ramagens, envoltos por rocalhas e motivos fitomorfos em tom azul. É um modelo de oratório comumente associado ao estilo Rococó. A produção deste tipo de objeto está associada à religiosidade verificada nas Minas setecentistas, fortemente marcada pela presença da Igreja Católica. A posse de oratórios nas moradias estava associada ao hábito das rezas, sendo que dentro da peça eram colocadas imagens de santos e santas de devoção do proprietário, e também ao status social, uma vez que se tratava de objetos finos e luxuosos.

✍️ RELÓGIO-ARMÁRIO

🧩 Este fragmento pertence a um tipo de relógio de grandes dimensões, datado do século XIX e conhecido como “relógio-armário”. É confeccionado em jacarandá, sendo a madeira entalhada e dividida em três partes, sendo a caixa superior ornamentada por volutas. A parte onde se vê o relógio propriamente dito é feita de porcelana com ponteiros em bronze dourado e algarismos romanos. Trata-se de um relógio que possui, em sua parte interna, dois pesos ovalados em ferro e pêndulo composto por uma longa haste de metal. A peça possui também uma chave em metal (ferro) para dar corda na parte frontal do relógio.

✍️ RELÓGIO-ARMÁRIO

🧩 Este fragmento pertence a um tipo de relógio de grandes dimensões, datado do século XIX e conhecido como “relógio-armário”. É confeccionado em jacarandá, sendo a madeira entalhada e dividida em três partes, sendo a caixa superior ornamentada por volutas. A parte onde se vê o relógio propriamente dito é feita de porcelana com ponteiros em bronze dourado e algarismos romanos. Trata-se de um relógio que possui, em sua parte interna, dois pesos ovalados em ferro e pêndulo composto por uma longa haste de metal. A peça possui também uma chave em metal (ferro) para dar corda na parte frontal do relógio.

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