Instituto Brasileiro de Museus

Museu do Diamante

II NOVEMBRO NEGRO DE DIAMANTINA- 2019

publicado: 07/11/2019 15h03, última modificação: 03/11/2022 15h09

PROGRAMAÇÃO DO II NOVEMBRO NEGRO DE DIAMANTINA- 2019

EXPOSIÇÃO COLETIVA – I Semana de Arte e Política: feminismos e negritudes
“COMIGO NINGUÉM PODE”, do LABORATÓRIO DE MONTAGEM CÊNICA DA UFVJM

Data: de 20 a 27 de novembro
Horário abertura: dia 20/11, às 20h
Local: Museu do Diamante

APRESENTAÇÃO – I Semana de Arte e Política: feminismos e negritudes
ALZIRA, UM POEMA CÊNICO do Laboratório de Montagem Cênica da UFVJM

Datas: 21, 22 e 23 de novembro
Hora: 20h:30
Local: Museu do Diamante

COMIGO NINGUÉM PODE
I Semana de Arte e Política: feminismos e negritudes

Comigo-ninguém-pode é o nome popular de uma planta amazônica da família das aráceas que possue folhas verdes com máculas brancas irregulares e frutos bacáceos. Cáustica e venenosa, se ingerida pode até matar. Pelas tradições orais, sabemos também que ao se colocar essa planta na porta de casa, afasta-se as energias pesadas e negativas. Assim, a comigo-ninguém-pode é uma planta de poder, tornando-se em si também uma reza, uma mandinga, um mantra, uma benção. Um dispositivo natural de proteção e abertura dos caminhos.
Ao escolher essa planta como nome do “I Seminário Arte e Política: feminismos e negritudes”, assumimos, evocamos e reverenciamos seu poder difundido por nossa ancestralidade. A nossa Comigo Ninguém Pode é uma auto declaração afirmativa em favor das nossas vidas e das liberdades dos nossos corpos. Quais corpos são esses?
Aqueles que a sociedade insiste em colocar em condição de risco, de marginalização. Corpos Invisibilizados e silenciados historicamente. Corpos em perigo constante de apagamento. Contudo, corpos que não aceitam mais tais condições de sobrevivência e exigem para si e para os seus a possibilidade de uma existência plena e digna.
Comigo Ninguém Pode – I Semana de Arte e Política: feminismos e negritudes é uma ação coletiva fruto de uma pesquisa transdisciplinar realizada pelo Laboratório de Montagem Cênica da UFVJM em parceria com o NÓS – Núcleo Sócio Educacional Contra a Violência à Mulher, o LAPEHIS – Laboratório de Práticas de Ensino em História, o NEABI – Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas e a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Diamantina.
As ações formativas, obras e apresentações artísticas atreladas ao projeto surgiram a partir de uma série de atividades realizadas ao longo dos dois últimos anos pelo Laboratório de Montagem Cênica da UFVJM, entre elas, recentes visitas realizadas à casa de Dona Miúda, conhecida benzedeira do Distrito de São João da Chapada/Diamantina/MG. Por sua história de luta em favor da manutenção de seus conhecimentos ancestrais, Dona Miúda é a grande homenageada nesta primeira edição do evento.
As atividades acontecerão no Museu do Diamante e no Anfiteatro da FIH/Campus JK, Diamantina/MG, do dia 20 à 27 de novembro e incluem uma exposição de artes visuais, três apresentações teatrais e três rodas de conversas. Serão emitidos certificados para os participantes das rodas de conversas.

ALZIRA, UM POEMA CÊNICO

Alzira é um poema cênico. A mãe, o filho, a casa e o tempo. Todos à espera do marido que nunca volta. Como um rito ancestral, a artista Regiane Farias, natural de Itinga/MG, se faz Alzira, mais uma viúva de marido vivo. Condição histórica do feminino de sua região, Alzira são todas aquelas que se põem a guardar o lar enquanto aguardam aquele que possivelmente nem volta mais. Esta ação cênica performativa surge inspirada pela obra homônima do mestre ceramista Ulisses Mendes, também filho de Itinga/MG.

Ficha Técnica

Concepção: Regiane Farias, João Nonato e Flávio Rabelo.
Pesquisa, Dramaturgia, Sonoplastia e Performance: Regiane Farias, João Nonato e Zuri Nonato Farias
Consultoria Técnica: Prof.ª Dr.ª Josélia Barroso Queiroz Lima e Delegada Kíria Orlandi
Parceria de Pesquisa: NÓS – Núcleo Sócio Educacional Contra a Violência à Mulher, o LAPEHIS – Laboratório de Práticas de Ensino em História e a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Diamantina
Assistente de Pesquisa e produção: Franciele Souza e Helbert Rodrigues
Fotos, Vídeos: Helbert Rodrigues e Flávio Rabelo
Produção e Encenação: Flávio Rabelo
Apoio: Museu do Diamante e Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Diamantina
Realização: Proexc – Laboratório de Montagem Cênica

Rodas de conversas Comigo Ninguém Pode:

As rodas de conversa acontecem a partir das 17h30, no Anfiteatro da FIH, Campus JK, Diamantina/MG.

Roda Comigo Ninguém Pode 01 – 25/11: Autobiografia e Arte Documental

Prof.ª Dr.ª Vitória Azevedo / LAPEHIS – Laboratório de Práticas de Ensino em História
Prof. Dr. Flávio Rabelo / LAB.MC.UFVJM – Laboratório de Montagem Cênica UFVJM
Regiane Farias / Aluna de História da UFVJM e atriz no LAB.MC.UFVJM
João Nonato / Aluno de BHU da UFVJM e ator no LAB.MC.UFVJM

Roda Comigo Ninguém Pode 02 – 26/11: Desgraçada: rompendo o silêncio e a invisibilidade da violência contras as mulheres

Prof.ª Dr.ª Josélia Barroso Queiroz Lima/ NÓS – Núcleo Sócio Educacional Contra a Violência à Mulher
Dr.ª Kíria Orlandi / Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher em Diamantina
Franciele Souza / aluna do BHU da UFVJM e atriz no LAB.MC.UFVJM

Roda Comigo Ninguém Pode 03 – 27/11: Corpos Negros e sua insurgência na Arte e na Academia

Prof. Juliano Pereira / NEABI – Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas
Janaíne Ferraz / Aluna de História da UFVJM e integrante do NEABI – Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas
Regiane Farias / Aluna de História da UFVJM e atriz no LAB.MC.UFVJM
Helbert Rodrigues / Aluno de Letras da UFVJM e artista no LAB.MC.UFVJM