Instituto Brasileiro de Museus

Museu do Diamante

Memórias Garimpeiras

Os garimpeiros no século XVIII eram homens que não tinham concessão de contrato e trabalhavam ilegalmente, sendo considerados contrabandistas. No século XX eram trabalhadores que não tinham salário fixo e recebiam aproximadamente dois e meio por cento do lucro, não existindo uma legislação trabalhista que regulamentasse o ofício do garimpeiro.

Esses homens em busca de enriquecimento rápido não mediam esforços para alcançar seu objetivo. O acervo fotográfico de Assis Horta, exposto na sala de mineração do Museu do Diamante mostra as condições precárias de trabalho dos garimpeiros

O ofício do garimpo tão comumente praticado nas terras mineiras transpôs séculos e desafiou proibições em vários períodos da história de Minas Gerais.

Nesses 300 anos de fundação do Estado de Minas Gerais, o Museu do Diamante objetivou por meio da história oral e documental apresentar os garimpeiros como protagonistas dessa história.

Na relação presente e passado destacamos as técnicas de mineração que foram trazidas pelos africanos e apontamos as mais modernas que foram difundidas em meados do século XX até os dias atuais.

Imagem: Olheiro
Autoria: Carlos Cornelo (Março/1991)
Acervo fotográfico Museu do Diamante/Ibram

Como vimos, Diamantina possui sua origem e história garimpeira que é passada de geração para geração, carregando consigo lutas e conquistas.

Isso nos leva a vários questionamentos ligados às formas de trabalho, à edição e fiscalização das leis trabalhistas e ao destino da riqueza arrecadada com a mineração (que desde o século XVIII se esvai para os capitais estrangeiros).

Também é importante refletir sobre os impactos dessa atividade para o meio ambiente, não podendo esquecermo-nos das “mortes” dos rios Doce e Paraopeba.

Diante de tantas histórias e dilemas enfrentados, o Museu do Diamante saúda o povo Mineiro.

Veja o depoimento do garimpeiro Belmiro Nascimento onde ele narra sua percepção dessa sociedade mineira, que surge a partir das atividades mineradoras.

Belmiro Nascimento
Autoria: Kléber Pereira da Silva Lopes


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • FURTADO, Júnia Ferreira. O livro da capa verde: o Regimento Diamantino de 1771 e a vida no Distrito Diamantino no período da Real Extração. 2 ª ed. São Paulo: Annablume, 2008.
  • MARTINS, Marcos Lobato. Mineração, identidade garimpeira e meio ambiente: os conflitos em torno da extração de diamantes no Alto Jequitinhonha, 1989-1995 – Associação Nacional de História – ANPUH, 2007. •SANTOS, Joaquim Felício dos. Memórias do distrito diamantino. 4ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1976.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Curadoria e Montagem:

  • Gabriel Eugênio de Sales;
  • Gisele Cheron César;
  • Jaqueline da Conceição Ribeiro;
  • Poliana Cristina Vieira.

Roteirização, gravação e edição de vídeos:

  • Gabriel Eugênio de Sales;
  • Gisele Cheron César;
  • Jaqueline da Conceição Ribeiro;
  • Kléber Pereira da Silva Lopes;
  • Lavinya Gonçalves Lara;
  • Paulo Victor Diniz e Silva de Oliveira;
  • Poliana Cristina Vieira.

Texto:

  • Gabriel Eugênio de Sales;
  • Jaqueline da Conceição Ribeiro.

Revisão de Texto:

  • Juliane Nicolle Câmara;
  • Sandra Martins Farias.

Direção do Museu do Diamante:

  • Sandra Martins Farias

Agradecimentos:

  • Belmiro Braga;
  • Giselle Nascimento;
  • Lúcia Valéria do Nascimento;
  • Renato de Fátima Nunes.

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